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Foto: Reprodução Facebook/Adufc |
A deputada estadual e pré-candidata à Presidência da República, Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), comparou, hoje (27/11), em Fortaleza, a disputa presidencial de 2018 com a Copa do Mundo de 1994. Ela insinuou que a sua candidatura pode ser a surpresa da disputa. Em duas ocasiões, no encontro com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e em uma palestra na Universidade Federal do Ceará (UFC), Manuela disse que em 1994, Bebeto e Romário eram vistos como os grandes craques, mas que o Branco chegou depois e virou "o grande craque".
Durante palestra realizada na Associação dos Docentes da UFC (Adufc), ela defendeu a união dos partidos de esquerda para além das coligações partidárias nas eleições de 2018. E recorreu à metáfora futebolística para explicar o projeto da frente ampla de esquerda.
"Na Copa de 1994, havia dois jogadores que marcavam gol, Romário e Bebeto. Mas quem foi o responsável pelo caneco (Taça da Copa do Mundo) foi o Branco, que marcou um gol de falta. Veio lá da fronteira do Rio Grande do Sul, de Bagé. Não adianta o outro lado ter 11 jogadores em campo, todos jogando, e nós só termos dois. A defesa da frente ampla tem relação com a possibilidade da unidade dessas candidaturas? Pode ser, mas é maior que isso. É a ideia de que o Brasil precisa unir as suas universidades; aqueles que têm interesse no desenvolvimento da indústria nacional; e a sociedade que resistiu ao golpe", afirmou.
Ao defender a construção da frente de esquerda, Manuela explicou que o PCdoB acredita que não possui todas as respostas e que é necessário um debate de ideias. Na visão da pré-candidata, o Ceará é um estado que contribui para essa união. "Nós estávamos agora com o governador do Ceará (Camilo Santana, do PT), que tem feito um papel importante em demonstrar o caminho da unidade. Aqui é o estado do Ciro ( pré-candidato a presidente pelo PDT); o governador é do PT, acolhe a nossa candidatura", destacou.
Em seu discurso, a deputada do PCdoB afirmou ser preciso fazer um referendo revogatório sobre medidas tomadas na gestão do presidente Michel Temer (PMDB), como a mudança da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que torna mais rigorosos os empréstimos concedidos pelo BNDES; a emenda constitucional 95, que impõe, durante 20 anos, um limite para os gastos públicos de acordo com a inflação do ano anterior; e a reforma trabalhista, que permite que o negociado entre patrão e empregado predomine sobre o que está legislado.
"É um combinado de medidas antinacionais. É contra o nosso povo. Na reforma trabalhista, a precarização total de trabalho. A TJLP, por exemplo, é uma das medidas mais antinacionais de todas do governo Temer. Não existe país que tem indústria se não tem um banco de fomento, com taxa de juros de longo prazo. Não existe. É um plano de destruição do Brasil. E é por isso que nós propomos o referendo revogatório, para que o povo possa opinar sobre as medidas que foram tomadas por Temer e pelo Congresso dos seus", argumentou.
A pré-candidata do PCdoB também comentou o relatório do Banco Mundial divulgado na semana passada e que recomenda medidas para o Brasil enfrentar a crise econômica. Uma das propostas dizia respeito à cobrança de mensalidade para os alunos de universidades públicas que tivessem renda. "É ardilosa a ideia que esse espaço (das universidades públicas) deve ser somente dos mais pobres, porque primeiro tenta dizer que não é. E nós já democratizamos muito a universidade pública. E, segundo, tira esse caráter estratégico dela como um dos movimentos mais importantes para o desenvolvimento do país", criticou.
Também participaram do evento na Adufc, o ex-senador e secretário de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda (PCdoB) e o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE)
A pré-candidata do PCdoB também comentou o relatório do Banco Mundial divulgado na semana passada e que recomenda medidas para o Brasil enfrentar a crise econômica. Uma das propostas dizia respeito à cobrança de mensalidade para os alunos de universidades públicas que tivessem renda. "É ardilosa a ideia que esse espaço (das universidades públicas) deve ser somente dos mais pobres, porque primeiro tenta dizer que não é. E nós já democratizamos muito a universidade pública. E, segundo, tira esse caráter estratégico dela como um dos movimentos mais importantes para o desenvolvimento do país", criticou.
Também participaram do evento na Adufc, o ex-senador e secretário de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda (PCdoB) e o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE)
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