Um sucesso a primeira operação para separar as gêmeas siamesas cearenses unidas pela cabeça. Elas têm um ano e sete meses e nasceram em Patacas, em Aquiraz.
Nota do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-RP), em São Paulo, confirma que a primeira etapa da cirurgia começou às oito da manhã e terminou às três da tarde, de ontem. Foram sete horas de procedimentos.
O HC-RP informa que os trabalhos foram realizados de acordo com o planejamento feito pelas equipes do Brasil e dos Estados Unidos. Detalhes devem ser divulgados em entrevista coletiva amanhã (19).
"Podemos dizer que a cirurgia transcorreu exatamente como o planejado e estamos na expectativa que o pós-operatório evolua com tranquilidade", informa, por meio da assessoria de imprensa do HC-RP.
Trinta profissionais estão envolvidos, entre neurocirurgiões, neurologistas, anestesistas, cirurgiões plásticos, intensivistas e enfermeiros. A equipe conta com o cirurgião norte-americano James Goodrich, referência no assunto no mundo.
Os trabalhos realizados ontem fazem parte da primeira das quatro etapas previstas para serem concluídas a cada dois meses.
Nas três primeiras, segundo planejamento inicial dos médicos, foram projetados procedimentos de desconexão dos vasos sanguíneos e de expansão da pele na cabeça. A separação total só deve acontecer na última cirurgia.
O procedimento é estimado em US$ 2,5 milhões na rede particular nos Estados Unidos, mas é realizado no Brasil por cerca de R$ 100 mil, custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo reportagem do G-1, o caso chegou ao HC-RP por intermédio de Eduardo Jucá, que foi aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e especializou-se em neurocirurgia pediátrica.
Ele tomou conhecimento do caso das irmãs de Patacas, Aquiraz, pouco tempo após o nascimento delas, quando as duas foram encaminhadas ao hospital, onde ele atua como coordenador. Devido à complexidade, entrou em contato com a equipe no interior de São Paulo para articular as avaliações.
"Para viabilizar as cirurgias, exames complexos de ressonância magnética feitos no HC foram enviados à equipe do neurocirurgião James Goodrich, no Montefiore Medical Center, em Nova Iorque. Eles propiciaram a criação de moldes tridimensionais em acrílico, com as veias e as artérias das crianças reproduzidas fielmente. Goodrich dedicou a carreira a casos complexos como este e já realizou 20 cirurgias de sucesso pelo mundo", destaca reportagem do G-1.
No que pese terem nascido unidas pelo topo do crânio, as siamesas cearenses não compartilham o mesmo cérebro. Mas, a proximidade e o sistema vascular em partes interligado são considerados os fatores mais preocupantes para equipe do HC-RP.
"Outro desafio é a restauração do tecido da parte superior das cabeças após as incisões feitas para o trabalho dos neurocirurgiões. O couro cabeludo da região occipital – em cima da nuca – será implantado na parte superior da cabeça após a separação definitiva. A área que ficará sem a pele receberá enxertos retirados de outras partes do corpo", finaliza a reportagem do G-1.
O HC-RP informa que os trabalhos foram realizados de acordo com o planejamento feito pelas equipes do Brasil e dos Estados Unidos. Detalhes devem ser divulgados em entrevista coletiva amanhã (19).
"Podemos dizer que a cirurgia transcorreu exatamente como o planejado e estamos na expectativa que o pós-operatório evolua com tranquilidade", informa, por meio da assessoria de imprensa do HC-RP.
Trinta profissionais estão envolvidos, entre neurocirurgiões, neurologistas, anestesistas, cirurgiões plásticos, intensivistas e enfermeiros. A equipe conta com o cirurgião norte-americano James Goodrich, referência no assunto no mundo.
Os trabalhos realizados ontem fazem parte da primeira das quatro etapas previstas para serem concluídas a cada dois meses.
Nas três primeiras, segundo planejamento inicial dos médicos, foram projetados procedimentos de desconexão dos vasos sanguíneos e de expansão da pele na cabeça. A separação total só deve acontecer na última cirurgia.
O procedimento é estimado em US$ 2,5 milhões na rede particular nos Estados Unidos, mas é realizado no Brasil por cerca de R$ 100 mil, custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo reportagem do G-1, o caso chegou ao HC-RP por intermédio de Eduardo Jucá, que foi aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto e especializou-se em neurocirurgia pediátrica.
Ele tomou conhecimento do caso das irmãs de Patacas, Aquiraz, pouco tempo após o nascimento delas, quando as duas foram encaminhadas ao hospital, onde ele atua como coordenador. Devido à complexidade, entrou em contato com a equipe no interior de São Paulo para articular as avaliações.
"Para viabilizar as cirurgias, exames complexos de ressonância magnética feitos no HC foram enviados à equipe do neurocirurgião James Goodrich, no Montefiore Medical Center, em Nova Iorque. Eles propiciaram a criação de moldes tridimensionais em acrílico, com as veias e as artérias das crianças reproduzidas fielmente. Goodrich dedicou a carreira a casos complexos como este e já realizou 20 cirurgias de sucesso pelo mundo", destaca reportagem do G-1.
No que pese terem nascido unidas pelo topo do crânio, as siamesas cearenses não compartilham o mesmo cérebro. Mas, a proximidade e o sistema vascular em partes interligado são considerados os fatores mais preocupantes para equipe do HC-RP.
"Outro desafio é a restauração do tecido da parte superior das cabeças após as incisões feitas para o trabalho dos neurocirurgiões. O couro cabeludo da região occipital – em cima da nuca – será implantado na parte superior da cabeça após a separação definitiva. A área que ficará sem a pele receberá enxertos retirados de outras partes do corpo", finaliza a reportagem do G-1.
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