Informa Raone Saraiva no O Povo dominical:
"Em razão de decreto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicado em dezembro do ano passado, as concessionárias de telefonia não são mais obrigadas a investir em orelhões, desde que instalem antenas compatíveis com a tecnologia 4G em localidades onde não há cobertura. Essa mudança está contribuindo para acelerar a redução do número de telefones públicos Brasil afora, equipamentos que vem caindo em desuso justamente devido à popularização da telefonia móvel no País, processo que começou ainda na década de 1990.
O Ceará, por exemplo, perdeu 27.202 orelhões em um ano, segundo dados da Anatel. O total passou de 35.937, em maio de 2018, para 8.735 no último mês, o que representa uma redução de 75,6%. Das unidades que ainda existem no Estado, 6.795 funcionam atualmente e 1.944 estão em manutenção. Ou seja, a taxa de disponibilidade dos equipamentos cearenses, operados pela Oi, é de 77,7%.
Em Fortaleza, a redução foi ainda maior. Em igual período, a quantidade de telefones públicos na Capital diminuiu 83,2%, passando de 10.370 para 1.742. Destes, 1.616 funcionam e 126 estão sem operar. Portanto, a taxa de disponibilidade é de 92%, acima das médias observadas no Ceará e no Brasil, cujo índice é de 87,6%. No País, dos 217.953 orelhões, 191.009 operam e 26.944 estão em manutenção.
O número de aparelhos recuou 96,7% no Brasil em um ano, saindo de 829.313, em maio de 2018, para 217.953 no mês passado. Desde a publicação do decreto, por exemplo, as companhias telefônicas desligaram quase 600 mil orelhões em todo o território nacional. A expectativa da Anatel é que restem apenas 160 mil unidades nos chamados locais estratégicos, como delegacias, hospitais, estações de metrô e aeroportos.
Professor do Departamento de Telemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Edson Almeida observa que os telefones públicos começaram a cair no esquecimento da população brasileira à medida que a concorrência entre as operadoras de telefonia celular aumentou.
"Antes, fazer ligações pelo celular era muito caro. Por isso, os orelhões eram uma opção econômica. Hoje, com os planos pré-pago, pós-pago e controle, o uso é quase inexistente, a não ser em localidades onde não existe rede móvel. A tendência é a eliminação desses equipamentos nas ruas já em 2020", acredita.
Na região Nordeste, que dispõe de 56.769 orelhões, o Ceará tem a segunda maior quantidade de telefones públicos, atrás da Bahia (14.796 aparelhos). Pernambuco (8.243) aparece na terceira colocação. No ranking nacional, São Paulo está no primeiro lugar (59.616), seguido de Minas Gerais (23.931) e Bahia".
"Em razão de decreto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicado em dezembro do ano passado, as concessionárias de telefonia não são mais obrigadas a investir em orelhões, desde que instalem antenas compatíveis com a tecnologia 4G em localidades onde não há cobertura. Essa mudança está contribuindo para acelerar a redução do número de telefones públicos Brasil afora, equipamentos que vem caindo em desuso justamente devido à popularização da telefonia móvel no País, processo que começou ainda na década de 1990.
O Ceará, por exemplo, perdeu 27.202 orelhões em um ano, segundo dados da Anatel. O total passou de 35.937, em maio de 2018, para 8.735 no último mês, o que representa uma redução de 75,6%. Das unidades que ainda existem no Estado, 6.795 funcionam atualmente e 1.944 estão em manutenção. Ou seja, a taxa de disponibilidade dos equipamentos cearenses, operados pela Oi, é de 77,7%.
Em Fortaleza, a redução foi ainda maior. Em igual período, a quantidade de telefones públicos na Capital diminuiu 83,2%, passando de 10.370 para 1.742. Destes, 1.616 funcionam e 126 estão sem operar. Portanto, a taxa de disponibilidade é de 92%, acima das médias observadas no Ceará e no Brasil, cujo índice é de 87,6%. No País, dos 217.953 orelhões, 191.009 operam e 26.944 estão em manutenção.
O número de aparelhos recuou 96,7% no Brasil em um ano, saindo de 829.313, em maio de 2018, para 217.953 no mês passado. Desde a publicação do decreto, por exemplo, as companhias telefônicas desligaram quase 600 mil orelhões em todo o território nacional. A expectativa da Anatel é que restem apenas 160 mil unidades nos chamados locais estratégicos, como delegacias, hospitais, estações de metrô e aeroportos.
Professor do Departamento de Telemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Edson Almeida observa que os telefones públicos começaram a cair no esquecimento da população brasileira à medida que a concorrência entre as operadoras de telefonia celular aumentou.
"Antes, fazer ligações pelo celular era muito caro. Por isso, os orelhões eram uma opção econômica. Hoje, com os planos pré-pago, pós-pago e controle, o uso é quase inexistente, a não ser em localidades onde não existe rede móvel. A tendência é a eliminação desses equipamentos nas ruas já em 2020", acredita.
Na região Nordeste, que dispõe de 56.769 orelhões, o Ceará tem a segunda maior quantidade de telefones públicos, atrás da Bahia (14.796 aparelhos). Pernambuco (8.243) aparece na terceira colocação. No ranking nacional, São Paulo está no primeiro lugar (59.616), seguido de Minas Gerais (23.931) e Bahia".
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