Num enredo já conhecido em empresas familiares, jovem sucessor dilapidou uma empresa familiar e hoje posa como grande empreendedor, segundo dados de processo de indenização por danos morais que corre na 39ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza.
Esdras Lima Reis, filho de empresário de setor automobilístico foi trabalhar com o pai em empresa familiar na cidade de Picos, no Piauí.
Numa passagem de bastão de uma geração para outra, o comum é que o gestor repasse uma empresa que foi construída à base de muito esforço e trabalho para a nova geração.
Nesse caso, que virou processo judicial (indenização por danos morais), que tramita perante a 39ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza sob o número 0248550-65.2021.8.06.0001, o filho escolhido para essa missão, Esdras Reis, de acordo com dados do processo, agiu de forma diferente, exigindo do pai uma concessionária de motos, com o objetivo de mostrar a sua capacidade gestora, em detrimento de trabalhar com o genitor em empresa já devidamente estabelecida.
Paralelo a isso, conforme o processo, Esdras continuou frequentando a empresa familiar em busca apenas do setor mais rentável, qual seja, o comercial, deixando os demais setores de lado. Indica também o processo que, depois de algum tempo de uma desastrosa administração da empresa que ganhou do pai, Esdras passou a aventurar-se em esporte de pessoas com alto padrão financeiro: motovelocidade em nível nacional, padrão este totalmente diferente do que é vivido pelos titulares da empresa e por outros familiares.
Aponta o processo que durante uma década de muitas viagens de Esdras para competir Brasil afora, a empresa familiar passou a receber notificações da matriz Volkswagen, dando conta que a mesma não estava tendo o desempenho mínimo para permanecer em um mercado competitivo como o de veículos.
Informações do processo dão conta que o patriarca, homem trabalhador e gestor experiente, que vinha gerindo a empresa por 50 anos, enfrentando crises políticas e econômicas, ao tomar conhecimento da real situação da empresa entrou em desespero ao perceber que o filho no qual depositou toda confiança, não teve comprometimento e tampouco liderança, que são características essenciais para a condução de uma empresa deste porte. Pelo contrário, o processo destaca que Esdras acabou criando um patrimônio individual paralelo em detrimento da empresa principal.
O processo de indenização por danos morais movido por familiares contra Esdras Lima Reis busca ainda uma prestação de contas devido à má gestão da empresa. Conforme o processo, Esdras abusou da confiança dos pais idosos ao longo de quase 15 anos, agindo com total incompetência e descontrole perante a administração da empresa Pivel, onde possui acesso irrestrito a todas as áreas da empresa, inclusive ao setor financeiro.
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