Era feriado de Natal de 2021 quando Antonieta Alves de Oliveira, de 56 anos, sentiu um incômodo no seio esquerdo. Logo após a festividade, ela buscou, junto à irmã, uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Maracanaú, onde reside, para verificar o que identificou ser um “caroço”. Antonieta foi encaminhada, então, ao Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), unidade de referência secundária vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Fortaleza.
Na última quarta-feira (1º), a dona de casa passou por uma Biópsia da Mama, guiada pelo aparelho de ultrassom, realizada pela mastologista Lina Araújo, e agora aguarda o resultado.
- Retiramos pequenos fragmentos do tumor para avaliação do setor de Patologia do IPC, a fim de verificar se é Câncer ou não”, explica a especialista.
Duas datas importantes chamam atenção para casos como o de Antonieta. Os dias Mundial do Câncer e Nacional da Mamografia, celebrados em 4 e 5 de fevereiro, respectivamente. O primeiro é uma Campanha da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), cujo objetivo é mobilizar ações para o acesso à saúde da população; o segundo destaca a relevância do exame na detecção precoce de alterações nas Mamas. A data foi instituída pela Lei 11.695 de 2008.

Christina Benevides, diretora médica do IPC, alerta sobre os cuidados possíveis para o diagnóstico precoce, sendo um deles a Mamografia
O Câncer de Mama é a segunda maior causa de mortalidade pela doença entre mulheres e o mais incidente no Brasil, depois do de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que, até 2025, 74 mil novos casos surjam no País.
Duas datas importantes chamam atenção para casos como o de Antonieta. Os dias Mundial do Câncer e Nacional da Mamografia, celebrados em 4 e 5 de fevereiro, respectivamente. O primeiro é uma Campanha da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), cujo objetivo é mobilizar ações para o acesso à saúde da população; o segundo destaca a relevância do exame na detecção precoce de alterações nas Mamas. A data foi instituída pela Lei 11.695 de 2008.

Christina Benevides, diretora médica do IPC, alerta sobre os cuidados possíveis para o diagnóstico precoce, sendo um deles a Mamografia
O Câncer de Mama é a segunda maior causa de mortalidade pela doença entre mulheres e o mais incidente no Brasil, depois do de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que, até 2025, 74 mil novos casos surjam no País.
- Ele não é prevenível, não há Vacina ou medicamentos que impedem seu surgimento. O que fazemos é a detecção precoce, e, com isso, conseguimos melhores resultados no tratamento e na sobrevida das pacientes”, afirma a diretora médica do IPC, a ginecologista Christina Benevides.
A mastologista Lina Araújo ressalta a importância do autoexame. No entanto, ela reitera a necessidade do monitoramento feito pela mamografia.
A mastologista Lina Araújo ressalta a importância do autoexame. No entanto, ela reitera a necessidade do monitoramento feito pela mamografia.
- O Teste das Mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo e auxilia a perceber as mudanças habituais sofridas pelas glândulas. Entretanto, esse procedimento não substitui a análise clínica realizada por um profissional de saúde treinado. O autoexame só é preconizado onde não existe Mamografia”, diz.

Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação
A Mamografia é uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce. O IPC tem à disposição da população o mamógrafo digital, com capacidade para realizar 40 exames diários. Em 2022, o equipamento realizou mais de cinco mil mamografias. Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação. Além do IPC, as policlínicas regionais também realizam o exame, via encaminhamento de unidades básicas.
A Mamografia é um Raio-X das Mamas. No método, os seios são pressionados no aparelho; a compressão é necessária para produzir imagens mais nítidas, e o eventual desconforto é suportável.

Diagnóstico precoce dá mais possibilidade de cura e reduz chance de mortalidade, afirma a mastologista Lina Araújo
“[A Mamografia] consegue detectar um nódulo pelo menos um ano antes da evidência clínica, ou seja, consegue descobrir nódulos muito pequenos, impalpáveis. Além disso, é o único exame capaz de detectar microcalcificações que podem representar um Pré-Câncer em alguns casos”, detalha Lina Araújo.
Recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS) colocam a mamografia de rastreamento – em mulheres sem sinais e sintomas de Câncer de Mama – como imprescindível na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Homens trans não submetidos à mastectomia também devem fazer o exame de rastreio. A retirada das Mamas não anula por completo o risco de Câncer, embora ele seja reduzido.
- Nessa etapa da vida, há uma alta prevalência do Câncer de Mama. O benefício de examinar esse grupo a cada dois anos compensa o custo da realização do exame. O diagnóstico precoce pode proporcionar redução da mortalidade”, acrescenta Christina Benevides.

A técnica em Radiologia Nerice Silva acolhe e orienta pacientes que irão realizar o procedimento no mamógrafo digital, no IPC
Nerice Silva, de 46 anos, é o primeiro rosto que as pacientes encontram quando acessam a sala para realizar a Mamografia.

Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação
A Mamografia é uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce. O IPC tem à disposição da população o mamógrafo digital, com capacidade para realizar 40 exames diários. Em 2022, o equipamento realizou mais de cinco mil mamografias. Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação. Além do IPC, as policlínicas regionais também realizam o exame, via encaminhamento de unidades básicas.
A Mamografia é um Raio-X das Mamas. No método, os seios são pressionados no aparelho; a compressão é necessária para produzir imagens mais nítidas, e o eventual desconforto é suportável.

Diagnóstico precoce dá mais possibilidade de cura e reduz chance de mortalidade, afirma a mastologista Lina Araújo
“[A Mamografia] consegue detectar um nódulo pelo menos um ano antes da evidência clínica, ou seja, consegue descobrir nódulos muito pequenos, impalpáveis. Além disso, é o único exame capaz de detectar microcalcificações que podem representar um Pré-Câncer em alguns casos”, detalha Lina Araújo.
Recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS) colocam a mamografia de rastreamento – em mulheres sem sinais e sintomas de Câncer de Mama – como imprescindível na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Homens trans não submetidos à mastectomia também devem fazer o exame de rastreio. A retirada das Mamas não anula por completo o risco de Câncer, embora ele seja reduzido.
- Nessa etapa da vida, há uma alta prevalência do Câncer de Mama. O benefício de examinar esse grupo a cada dois anos compensa o custo da realização do exame. O diagnóstico precoce pode proporcionar redução da mortalidade”, acrescenta Christina Benevides.

A técnica em Radiologia Nerice Silva acolhe e orienta pacientes que irão realizar o procedimento no mamógrafo digital, no IPC
Nerice Silva, de 46 anos, é o primeiro rosto que as pacientes encontram quando acessam a sala para realizar a Mamografia.
- É uma atividade dinâmica. Muitas das vezes, elas chegam com medo, e a gente tenta acalmar, acolher, dizer coisas para tranquilizá-las”, conta a técnica em Radiologia.
A conversa que antecede o procedimento, ela pontua, é necessária, pois muitas mulheres chegam acreditando que o exame causa dor.
A conversa que antecede o procedimento, ela pontua, é necessária, pois muitas mulheres chegam acreditando que o exame causa dor.
- A gente trata logo de explicar como funciona, de sanar todas as dúvidas. Nosso aparelho é de ponta e não incomoda tanto quanto o convencional”, compara.

A dona de casa Luiza Maria da Cruz, de 53, realizou a mamografia de rastreamento pela primeira vez
Luiza Maria da Cruz, de 53 anos, buscou um Posto de Saúde de Camará, distrito do município de Aquiraz, a 37 quilômetros de Fortaleza, para fazer uma avaliação médica. Depois, a dona de casa foi encaminhada ao IPC para realizar a mamografia, como forma de monitoramento. Mesmo sem histórico de Câncer de Mama na família, Luiza entende a necessidade do exame. “Fiz mais pra conferir se não há nada de errado. Estou sempre atenta aos cuidados necessários. Faço o toque constantemente, além de mamografias de rotina”.
O diagnóstico de Câncer ainda é motivo de medo para muitas pessoas. Lina Araújo, no entanto, afirma ser possível percorrer um caminho de sucesso no tratamento.

A dona de casa Luiza Maria da Cruz, de 53, realizou a mamografia de rastreamento pela primeira vez
Luiza Maria da Cruz, de 53 anos, buscou um Posto de Saúde de Camará, distrito do município de Aquiraz, a 37 quilômetros de Fortaleza, para fazer uma avaliação médica. Depois, a dona de casa foi encaminhada ao IPC para realizar a mamografia, como forma de monitoramento. Mesmo sem histórico de Câncer de Mama na família, Luiza entende a necessidade do exame. “Fiz mais pra conferir se não há nada de errado. Estou sempre atenta aos cuidados necessários. Faço o toque constantemente, além de mamografias de rotina”.
O diagnóstico de Câncer ainda é motivo de medo para muitas pessoas. Lina Araújo, no entanto, afirma ser possível percorrer um caminho de sucesso no tratamento.
- Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios são as principais recomendações para evitar qualquer tipo de Câncer, para ter sucesso no tratamento e para diminuir as chances de recidiva da doença”, indica a mastologista
Christina Benevides reitera que a discussão sobre diagnóstico precoce, cuidados e atenção ao Câncer de Mama precisa ser pautada em outros meses do ano, não se concentrando na Campanha “Outubro Rosa”.
Christina Benevides reitera que a discussão sobre diagnóstico precoce, cuidados e atenção ao Câncer de Mama precisa ser pautada em outros meses do ano, não se concentrando na Campanha “Outubro Rosa”.
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