O Programa de Formação Antirracista UFC pela Igualdade Racial, fruto de cooperação formalizada entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Secretaria da Igualdade Racial do Estado do Ceará (SEIR), realiza sua aula inaugural nesta terça-feira (12/3/2024), às 10 horas, no Auditório da Reitoria (Avenida da Universidade, 2853-Campus do Benfica-Fortaleza).
Com o objetivo de debater, de modo propositivo, com trabalhadores da UFC sobre o combate ao Racismo e o enfrentamento das desigualdades raciais, o programa atua de modo a tornar a Universidade mais inclusiva e comprometida com uma prestação de Serviços Democrática e Antirracista. Seu primeiro ciclo formativo será destinado a duas turmas compostas por servidores e colaboradores terceirizados que atuam na segurança patrimonial, nos transportes e nos serviços gerais da Universidade. Um segundo ciclo, previsto para iniciar em agosto, incluirá gestores e servidores docentes e técnico-administrativos.
A Formação Antirracista ofertada terá carga horária total de 21 horas e incluirá, em seu conteúdo programático, temáticas como: negritude no Brasil e na realidade cearense, Racismo e suas configurações, resistências afro-brasileiras e políticas de combate ao Racismo, atendimento inclusivo e humanizado e equidade racial no serviço público. Todas as turmas terão como trabalhos finais a concepção de produtos e iniciativas práticas voltadas para o exercício das atividades dos formandos na UFC.
De acordo com o professor Custódio Almeida, a parceria surgiu de uma reflexão sobre a necessidade de a Universidade contribuir para o combate, de forma cada vez mais firme e pedagógica, a todos os atos racistas e discriminatórios.
A solenidade de abertura contará com a presença do reitor da UFC, professor Custódio Almeida, e da secretária da Igualdade Racial do Ceará, Zelma Madeira (foto), que proferirá a palestra “A Questão Racial no Brasil”.
Com o objetivo de debater, de modo propositivo, com trabalhadores da UFC sobre o combate ao Racismo e o enfrentamento das desigualdades raciais, o programa atua de modo a tornar a Universidade mais inclusiva e comprometida com uma prestação de Serviços Democrática e Antirracista. Seu primeiro ciclo formativo será destinado a duas turmas compostas por servidores e colaboradores terceirizados que atuam na segurança patrimonial, nos transportes e nos serviços gerais da Universidade. Um segundo ciclo, previsto para iniciar em agosto, incluirá gestores e servidores docentes e técnico-administrativos.
A Formação Antirracista ofertada terá carga horária total de 21 horas e incluirá, em seu conteúdo programático, temáticas como: negritude no Brasil e na realidade cearense, Racismo e suas configurações, resistências afro-brasileiras e políticas de combate ao Racismo, atendimento inclusivo e humanizado e equidade racial no serviço público. Todas as turmas terão como trabalhos finais a concepção de produtos e iniciativas práticas voltadas para o exercício das atividades dos formandos na UFC.
De acordo com o professor Custódio Almeida, a parceria surgiu de uma reflexão sobre a necessidade de a Universidade contribuir para o combate, de forma cada vez mais firme e pedagógica, a todos os atos racistas e discriminatórios.
- A Universidade precisa dar exemplo e ser um espelho para repercussões diversas na sociedade. Esperamos sensibilizar muita gente e, assim, demarcar que a UFC não concorda, não apoia e não referenda qualquer atitude racista, especialmente se essa atitude for cometida por algum servidor, seja docente, seja técnico-administrativo, ou por alguém que está colaborando como terceirizado. Esse ciclo de formação é uma forma de afirmar concretamente isso”, explica o reitor Custodio Almeida.
Entre os resultados esperados da iniciativa, Custódio Almeida menciona, que o principal é uma mudança de cultura.
Entre os resultados esperados da iniciativa, Custódio Almeida menciona, que o principal é uma mudança de cultura.
- No momento em que um curso dessa natureza é ministrado na Reitoria da Universidade, no seu principal auditório, estendendo-se a trabalhadores de diversos setores, fica visível que essa é a posição oficial da UFC e que se trata de uma política institucional”, explica Custódio Almeida, acrescentando, que a prioridade é munir de informações os profissionais que atuam no trato diário com o público, especialmente com o segmento estudantil.
A secretária Zelma Madeira foi uma das primeiras representantes do Executivo estadual a visitar oficialmente a Reitoria após a posse do reitor Custódio Almeida e ressaltou a relevância do acordo de cooperação técnica UFC-SEIR, do qual o ciclo formativo é um dos desdobramentos.
A secretária Zelma Madeira foi uma das primeiras representantes do Executivo estadual a visitar oficialmente a Reitoria após a posse do reitor Custódio Almeida e ressaltou a relevância do acordo de cooperação técnica UFC-SEIR, do qual o ciclo formativo é um dos desdobramentos.
- Não basta saber que existe o Racismo, é preciso entender a forma como o Racismo opera no campo das instituições. Historicamente, a Universidade é o lugar da construção do conhecimento numa dimensão universal, e a gente sabe que ela tem sido impactada pela participação de grupos étnico-raciais que não tinham, até então, ocupado espaço lá dentro”, afirma Zelma Madeira, referindo-se a ações afirmativas e dispositivos como a Lei 12.711, de 2012 e suas atualizações, que estabeleceram cotas para pessoas pretas, pardas e indígenas, ao lado das de baixa renda.
Segundo Zelma Madeira, o Programa não se esgota na oferta da formação; a meta é ir além, culminando na elaboração do plano institucional de combate ao Racismo na UFC.
- Problemas complexos como o Racismo não podem ter respostas simples. Elas têm que ter mais profundidade. Por isso, a SEIR está junto com a UFC: para pensar, elaborar, planejar essa e outras formações, agindo principalmente nos setores mais sensíveis”, frisa.
A secretária ressalta a vulnerabilidade de grupos sociais e étnicos que:
- Devido aos processos de racialização e subalternização, costumam sofrer acusações de não estar em seu espaço original, sendo, portanto, vistos como estranhos ao ambiente acadêmico”.
Zelma Madeira destaca, que se tratar de uma questão:
- Prioritária e de abrangência não só local, mas global”.
Morgana Sampaio, assessora da Coordenadoria de Articulação Política Institucional (CAPI) do Gabinete da Reitoria, destacou que a parceria tem caráter inédito e consolida um avanço da UFC no combate ao Racismo Institucional.
Morgana Sampaio, assessora da Coordenadoria de Articulação Política Institucional (CAPI) do Gabinete da Reitoria, destacou que a parceria tem caráter inédito e consolida um avanço da UFC no combate ao Racismo Institucional.
- É de fundamental importância preparar os trabalhadores terceirizados, servidores e gestores da Universidade para que possam compreender e combater as manifestações racistas que acontecem no dia a dia da Instituição”, diz a servidora, que atuou na elaboração do plano de trabalho do programa com a equipe da SEIR.
O Programa UFC pela Igualdade Racial é executado pela Secretaria da Igualdade Racial do Estado do Ceará em parceria com a UFC, por meio da Coordenadoria de Articulação Política Institucional (CAPI) do Gabinete da Reitoria, e conta com apoio da Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) e da Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental da UFC (UFC INFRA).
Serviço
O Programa UFC pela Igualdade Racial é executado pela Secretaria da Igualdade Racial do Estado do Ceará em parceria com a UFC, por meio da Coordenadoria de Articulação Política Institucional (CAPI) do Gabinete da Reitoria, e conta com apoio da Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) e da Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental da UFC (UFC INFRA).
Serviço
- Aula inaugural do Programa de Formação UFC pela Igualdade Racial
- Terça-feira (12/3/3024), às 10 horas.
- Auditório da Reitoria (Avenida da Universidade, 2853- Benfica).
- Acesso gratuito.
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