A Associação Cearense de Imprensa (ACI) celebra neste 14 de julho de 2025, seu Centenário, marco, que reafirma seu legado como guardiã da liberdade de expressão, suporte institucional e espaço de diálogo para toda a comunicação no Ceará.
Da mobilização inicial à sede própria-Nos primeiros anos, a ACI realizou reuniões em residências e espaços públicos, como o Palacete do Clube Iracema e hotéis do Centro. A busca por uma sede própria começou na década de 1930, com a aquisição de um imóvel na Rua Senador Pompeu, local estratégico, que concentrava os principais jornais de Fortaleza.
A consolidação veio nos anos 1950, quando, impulsionada por campanhas como as “Semanas da Imprensa” e as famosas escolhas das Rainhas da Imprensa, ergueu seu atual edifício — o Edifício Perboyre e Silva, na Rua Floriano Peixoto, 735. A pedra fundamental foi lançada em 1952 e a sede foi inaugurada em 1959, tornando-se a ‘Casa do Jornalista’, base central da entidade até hoje.
Vencedoras do Concurso Rainha da Imprensa-Ao longo de sua trajetória, a ACI abrigou órgãos como o Sindicato de Jornalistas, promoveu o primeiro Curso Livre de Jornalismo e cursos de Biblioteconomia, e foi sede do Clube de Cinema e da primeira hemeroteca e biblioteca especializadas.
Seu histórico inclui serviços de assistência jurídica, médica e social aos associados e ações culturais, como a criação de prêmios, exposições e eventos de formação, consolidadas ao lado da Universidade Federal do Ceará, que utilizou suas instalações para iniciar o Curso de Jornalismo em 1966.
A sede como patrimônio e símbolo-A Casa do Jornalista, sede da ACI, é um marco da arquitetura modernista fortalezense. O processo de tombamento, ainda em curso sob a nova gestão do presidente Eliezér Rodrigues, visa resguardar sua fachada, estrutura e interiores, garantindo a preservação desse símbolo da memória da imprensa local. Como espaço físico, ela reúne mais de tipologias de acervo, biblioteca, museu da imprensa, espaços culturais, e segue como ponto de encontro de gerações de comunicadores.
Sobre a relevância histórica da entidade e da sede, o presidente Eliezér Rodrigues destacou, que chegar aos 100 anos “é carregar uma história viva, escrita por jornalistas, radialistas e uma pluralidade de expressões”. Para ele, o tombamento da Casa do Jornalista simboliza mais do que a preservação física do edifício.
Um século de missão-Hoje, a ACI se firma como espaço de articulação para imprensa e comunicação no Ceará. Sobretudo em um momento de desafios às liberdades de expressão, sua atuação em defesa do jornalismo ético, em prol da formação profissional e no estímulo a debates democráticos.
Em seus 100 anos, a ACI reconecta passado, presente e futuro: honrando os fundadores, preservando sua sede histórica e se atualizando para continuar conduzindo a comunicação cearense rumo a novos capítulos.
Confira discurso de posse do presidente Eliezér Rodrigues, realizado dia 12 de julho de 2025:
- Minhas senhoras, meus senhores.
Depois de amanhã, segunda-feira, a Associação Cearense de Imprensa – ACI, chega aos 100 anos. E, agora, neste momento, como se fosse possível, ter na palma da minha mão um imaginário retrovisor do tempo, me conduzindo às névoas do passado, cruzando entre dezenas e dezenas de janeiros. Eu, lá longe, nos meus verdejantes 14 anos de idade, parado no meio da rua no Centro de Fortaleza, absorto, de pescoço inclinado pra cima, lendo aquele imenso nome escrito na parede do Prédio: Casa do Jornalista.
Possivelmente, ali os impenetráveis escaninhos da vida começavam a orientar a travessia do meu destino de Jornalista. Trajetória profissional ,que ao longo dos anos me fez passar por redações de jornais, assessorias de imprensa, memoriais, escrevendo reportagens, publicando livros até chegar o cotidiano de hoje: Eu, agora, nesta cadeira de Presidente da Associação Cearense de Imprensa- ACI, a Casa do Jornalista.
E aqui estou, diante de tantas pessoas amigas, de meus familiares para contar um pouco do ciclo de longevidade de vivências ,que a ACI vem percorrendo. Já foram atravessados uma centena de anos, permeando fatos, acontecimentos, guerras e transformações múltiplas na sociedade. Nesta caminhada da nossa instituição iniciada, no dia 14 de julho de 1925, na ambientação daquela Fortaleza, ainda, descalça como diria o poeta Otacílio de Azevedo (pai do nosso companheiro de diretoria Nirez) com a população de apenas 112.549 habitantes. Seus fundadores da agremiação eram profissionais liberais, que acumulavam o ofício de jornalista nos vários jornais, que circulavam na província. Inicialmente, denominada de Associação dos Jornalistas Cearenses foi formada, por uma pequena diretoria, integrada por seis fundadores: César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Júnior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira. Poucos anos depois, o núcleo associativo foi transformado em Associação Cearense de Imprensa-ACI para se ajustar aos parâmetros da Associação Brasileira de Imprensa–ABI.
São inúmeras as performances, que ao longo da trajetória da nossa instituição frutificaram, positivamente no âmbito da sociedade cearense. Por exemplo, as movimentadas quermeses para a escolha da Rainha da Imprensa, coordenadas pela ACI, que mobilizavam os moradores da cidade. Além do objetivo festivo da promoção, angariava recursos para aplicação nas obras assistências promovidas pela entidade. Outro marco na história da ACI foi a campanha encetada, em 1929, pelo presidente da entidade à época, Gilberto Câmara, para a edificação do conjunto arquitetônico, exaltando a figura do escritor José de Alencar. Naquele ano, havia uma intensa mobilização para exaltar a passagem do centenário de nascimento do autor de “Iracema” e de outros clássicos da Literatura Brasileira. Trabalho esculpido em bronze pelo escultor paulista, Humberto Cozzo, que orna a Praça José de Alencar. Embora, sem os cuidados necessários, que uma obra de arte exige a sua preservação e brilho.
Fundada em 14 de julho de 1925, como Associação dos Jornalistas Cearenses, a instituição foi criada por César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Júnior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira, com a primeira diretoria empossada em setembro no mesmo ano.
Da mobilização inicial à sede própria-Nos primeiros anos, a ACI realizou reuniões em residências e espaços públicos, como o Palacete do Clube Iracema e hotéis do Centro. A busca por uma sede própria começou na década de 1930, com a aquisição de um imóvel na Rua Senador Pompeu, local estratégico, que concentrava os principais jornais de Fortaleza.
Primeira sede da ACI funcionou em prédio alugado na Rua Senador Pompeu
A consolidação veio nos anos 1950, quando, impulsionada por campanhas como as “Semanas da Imprensa” e as famosas escolhas das Rainhas da Imprensa, ergueu seu atual edifício — o Edifício Perboyre e Silva, na Rua Floriano Peixoto, 735. A pedra fundamental foi lançada em 1952 e a sede foi inaugurada em 1959, tornando-se a ‘Casa do Jornalista’, base central da entidade até hoje.
Vencedoras do Concurso Rainha da Imprensa-Ao longo de sua trajetória, a ACI abrigou órgãos como o Sindicato de Jornalistas, promoveu o primeiro Curso Livre de Jornalismo e cursos de Biblioteconomia, e foi sede do Clube de Cinema e da primeira hemeroteca e biblioteca especializadas.
Seu histórico inclui serviços de assistência jurídica, médica e social aos associados e ações culturais, como a criação de prêmios, exposições e eventos de formação, consolidadas ao lado da Universidade Federal do Ceará, que utilizou suas instalações para iniciar o Curso de Jornalismo em 1966.
A sede como patrimônio e símbolo-A Casa do Jornalista, sede da ACI, é um marco da arquitetura modernista fortalezense. O processo de tombamento, ainda em curso sob a nova gestão do presidente Eliezér Rodrigues, visa resguardar sua fachada, estrutura e interiores, garantindo a preservação desse símbolo da memória da imprensa local. Como espaço físico, ela reúne mais de tipologias de acervo, biblioteca, museu da imprensa, espaços culturais, e segue como ponto de encontro de gerações de comunicadores.
Sobre a relevância histórica da entidade e da sede, o presidente Eliezér Rodrigues destacou, que chegar aos 100 anos “é carregar uma história viva, escrita por jornalistas, radialistas e uma pluralidade de expressões”. Para ele, o tombamento da Casa do Jornalista simboliza mais do que a preservação física do edifício.
- Não é apenas proteger concreto e pedra: é salvaguardar nossa identidade, nosso legado e nosso futuro”, completou.
Um século de missão-Hoje, a ACI se firma como espaço de articulação para imprensa e comunicação no Ceará. Sobretudo em um momento de desafios às liberdades de expressão, sua atuação em defesa do jornalismo ético, em prol da formação profissional e no estímulo a debates democráticos.
Em seus 100 anos, a ACI reconecta passado, presente e futuro: honrando os fundadores, preservando sua sede histórica e se atualizando para continuar conduzindo a comunicação cearense rumo a novos capítulos.
Confira discurso de posse do presidente Eliezér Rodrigues, realizado dia 12 de julho de 2025:
- Minhas senhoras, meus senhores.
Depois de amanhã, segunda-feira, a Associação Cearense de Imprensa – ACI, chega aos 100 anos. E, agora, neste momento, como se fosse possível, ter na palma da minha mão um imaginário retrovisor do tempo, me conduzindo às névoas do passado, cruzando entre dezenas e dezenas de janeiros. Eu, lá longe, nos meus verdejantes 14 anos de idade, parado no meio da rua no Centro de Fortaleza, absorto, de pescoço inclinado pra cima, lendo aquele imenso nome escrito na parede do Prédio: Casa do Jornalista.
Possivelmente, ali os impenetráveis escaninhos da vida começavam a orientar a travessia do meu destino de Jornalista. Trajetória profissional ,que ao longo dos anos me fez passar por redações de jornais, assessorias de imprensa, memoriais, escrevendo reportagens, publicando livros até chegar o cotidiano de hoje: Eu, agora, nesta cadeira de Presidente da Associação Cearense de Imprensa- ACI, a Casa do Jornalista.
E aqui estou, diante de tantas pessoas amigas, de meus familiares para contar um pouco do ciclo de longevidade de vivências ,que a ACI vem percorrendo. Já foram atravessados uma centena de anos, permeando fatos, acontecimentos, guerras e transformações múltiplas na sociedade. Nesta caminhada da nossa instituição iniciada, no dia 14 de julho de 1925, na ambientação daquela Fortaleza, ainda, descalça como diria o poeta Otacílio de Azevedo (pai do nosso companheiro de diretoria Nirez) com a população de apenas 112.549 habitantes. Seus fundadores da agremiação eram profissionais liberais, que acumulavam o ofício de jornalista nos vários jornais, que circulavam na província. Inicialmente, denominada de Associação dos Jornalistas Cearenses foi formada, por uma pequena diretoria, integrada por seis fundadores: César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Júnior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira. Poucos anos depois, o núcleo associativo foi transformado em Associação Cearense de Imprensa-ACI para se ajustar aos parâmetros da Associação Brasileira de Imprensa–ABI.
São inúmeras as performances, que ao longo da trajetória da nossa instituição frutificaram, positivamente no âmbito da sociedade cearense. Por exemplo, as movimentadas quermeses para a escolha da Rainha da Imprensa, coordenadas pela ACI, que mobilizavam os moradores da cidade. Além do objetivo festivo da promoção, angariava recursos para aplicação nas obras assistências promovidas pela entidade. Outro marco na história da ACI foi a campanha encetada, em 1929, pelo presidente da entidade à época, Gilberto Câmara, para a edificação do conjunto arquitetônico, exaltando a figura do escritor José de Alencar. Naquele ano, havia uma intensa mobilização para exaltar a passagem do centenário de nascimento do autor de “Iracema” e de outros clássicos da Literatura Brasileira. Trabalho esculpido em bronze pelo escultor paulista, Humberto Cozzo, que orna a Praça José de Alencar. Embora, sem os cuidados necessários, que uma obra de arte exige a sua preservação e brilho.
Monumento em homenagem ao escritor José de Alencar-Ao longo de sua existência, a ACI vem abrigando, incentivando os mais variados empreendimentos, tanto na categoria de profissionais do jornalismo, como de âmbito cultural, artístico, social e político da sociedade. Iniciativas como os cursos de jornalismo para principiantes e os cursos livres de jornalismo, embriões para o atual Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará- UFC. Aqui, nesta Casa, funcionaram o Clube de Cinema de Fortaleza e nasceram a Associação Cearense dos Jornalistas do Interior (ACEJI) e o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce). A ACI juntou-se, ao longo dos tempos, a grupos democráticos, nos mais diversos momentos na defesa da liberdade de expressão, no exercício da cidadania ou de alguma outra manifestação em prol de paradigmas da cidadania plena.
São muitas joias de altivez, que esta madura senhora ostenta quando chega aos 100 anos. Uma pedra preciosa edificada ao longo da vida da ACI é este Prédio, que nos abriga, denominado de Edifício Perboyre Silva, em justa homenagem ao Presidente da nossa instituição, o jornalista Perboyre e Silva, quando do seu mandato, atuando como um bravo defensor e administrador para a construção desta imóvel.
E esta edificação, construída na década de 1950, pelo engenheiro Luciano Pamplona, ostenta uma singularidade na arquitetura cearense: é a primeira obra erguida em Fortaleza com nuances do estilo modernista: o elegante Prédio de sete pavimentos traz em suas linhas retilíneas destaques nas laterais do recurso arquitetônico brise-soleil (pronúncia BRISOLÊ), que tem função de amenizar a incidência dos raios solares. Só que com o passar dos anos este tesouro histórico da arquitetura pouco foi notado, sequer valorizado. A ideia de tombamento patrimonial pouco frutificou. Todavia, já está no nossos planos de administração o início do processo de tombamento, que será apresentado aos órgãos competentes. Aliás, o andamento da pesquisa já começou: o professor, arquiteto e escritor, Romeu Duarte Júnior, AQUI PRESENTE docente do Instituto de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade Federal do Ceará (UFC), já está mobilizando a sua equipe nos primeiros estudos. Obrigado, amigo, Romeu Duarte!
Além do retorno do Prêmio Anual de Jornalismo, na agenda de eventos, e uma das principais reivindicações da nossa categoria, a realização de cursos, congressos, pretendemos, também, aplicar ações direcionadas para mobilizações dos jornalistas e radialistas, que militam no Interior do Estado. As parcerias com o Sindicato dos Jornalistas Profisionais do Ceará (Sindjorce), com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) serão primordiais para a defesa da nossa categoria ( como a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão).
A nossa gestão assume a ACI em momentos de grandes transformações no cenário da Comunicação e mudanças comportamentais na sociedade brasileira. Entre os desafios estão a adaptação às novas tecnologias, a valorização do jornalismo profissional, o banimento das fakes News, a regulação das big techs, e a defesa constante e vigilante da liberdade de imprensa. A determinação firme é que a ACI continue sendo uma referência no campo da cultura e das ações sociais. E principalmente, continue cumprindo as prerrogativas de instituição política no sentido mais sagrado da cidadania, na defesa do Estado Democrático de Direito.
O Brasil soberano, sempre!!!
Muito obrigado.
São muitas joias de altivez, que esta madura senhora ostenta quando chega aos 100 anos. Uma pedra preciosa edificada ao longo da vida da ACI é este Prédio, que nos abriga, denominado de Edifício Perboyre Silva, em justa homenagem ao Presidente da nossa instituição, o jornalista Perboyre e Silva, quando do seu mandato, atuando como um bravo defensor e administrador para a construção desta imóvel.
E esta edificação, construída na década de 1950, pelo engenheiro Luciano Pamplona, ostenta uma singularidade na arquitetura cearense: é a primeira obra erguida em Fortaleza com nuances do estilo modernista: o elegante Prédio de sete pavimentos traz em suas linhas retilíneas destaques nas laterais do recurso arquitetônico brise-soleil (pronúncia BRISOLÊ), que tem função de amenizar a incidência dos raios solares. Só que com o passar dos anos este tesouro histórico da arquitetura pouco foi notado, sequer valorizado. A ideia de tombamento patrimonial pouco frutificou. Todavia, já está no nossos planos de administração o início do processo de tombamento, que será apresentado aos órgãos competentes. Aliás, o andamento da pesquisa já começou: o professor, arquiteto e escritor, Romeu Duarte Júnior, AQUI PRESENTE docente do Instituto de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade Federal do Ceará (UFC), já está mobilizando a sua equipe nos primeiros estudos. Obrigado, amigo, Romeu Duarte!
Além do retorno do Prêmio Anual de Jornalismo, na agenda de eventos, e uma das principais reivindicações da nossa categoria, a realização de cursos, congressos, pretendemos, também, aplicar ações direcionadas para mobilizações dos jornalistas e radialistas, que militam no Interior do Estado. As parcerias com o Sindicato dos Jornalistas Profisionais do Ceará (Sindjorce), com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) serão primordiais para a defesa da nossa categoria ( como a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão).
A nossa gestão assume a ACI em momentos de grandes transformações no cenário da Comunicação e mudanças comportamentais na sociedade brasileira. Entre os desafios estão a adaptação às novas tecnologias, a valorização do jornalismo profissional, o banimento das fakes News, a regulação das big techs, e a defesa constante e vigilante da liberdade de imprensa. A determinação firme é que a ACI continue sendo uma referência no campo da cultura e das ações sociais. E principalmente, continue cumprindo as prerrogativas de instituição política no sentido mais sagrado da cidadania, na defesa do Estado Democrático de Direito.
O Brasil soberano, sempre!!!
Muito obrigado.
Eliézer Rodrigues-presidente da ACI.
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