Após uma semana de alta, o dólar chegou à sua maior cotação desde janeiro de 2016 na última quinta-feira (23) e fez disparar também nas redes as discussões sobre o câmbio da moeda americana no Brasil. Levantamento feito pela FGV DAPP mostra que o dólar mobilizou cerca de 58 mil publicações no Twitter no período de 1º a 23 de agosto — das quais aproximadamente 50% se concentram entre terça (21) e quinta-feira (23).
O maior pico do período analisado ocorreu em 22 de agosto, com 11.005 menções. Naquele momento, os principais tuítes afirmavam que o aumento do valor da moeda teria ocorrido devido à divulgação no início do dia da pesquisa eleitoral pelo Datafolha, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta aumento nas intenções de voto, permanecendo na liderança nos cenários em que seu nome é incluído. Em tais publicações, o bom desempenho do candidato petista na pesquisa — nome mais associado ao tema, entre os 13 presidenciáveis — é relacionado à insegurança jurídica e instabilidade do mercado.

Por outro lado, foram verificados tuítes em apoio ao ex-presidente que afirmavam que o mercado teria reagido negativamente também em 2002, diante da possibilidade de eleição de Lula, fazendo com que o dólar alcançasse R$ 3,53 à época. Apesar de figurarem em campos opostos da disputa política, em ambas as narrativas observa-se que outras variáveis deixaram de ser incluídas (fatores relacionados à conjuntura econômica internacional), atribuindo o fenômeno de alta da moeda estadunidense apenas às eleições.
Em geral, os usuários também relembraram que os protestos pelo impeachment (2015/2016) colocavam a culpa da valorização da moeda no suposto mau governo da presidente Dilma Rousseff e que, agora, durante administração de Michel Temer, os antigos manifestantes não personalizariam mais a questão. Outros, como o jornalista Reinaldo Azevedo, afirmaram que a moeda tem aumentado em relação ao real devido à ação de especuladores do capital financeiro.
Jair Bolsonaro (PSL) é o segundo presidenciável mais citado no debate sobre o dólar e também em função da liderança de Lula nas pesquisas. Para os apoiadores do candidato do PSL, a variação cambial mostra como a presença de Lula nas pesquisas provoca uma insegurança jurídica que, entre outras coisas, levaria à alta do dólar.
O economista responsável pelo programa econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, possui também bastante presença no debate sobre o tema no Twitter, tendo corroborado com o discurso de que a alta do dólar é devida à incerteza política das pesquisas com Lula à frente.
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, aparece no debate por conta de sua aliança com Kátia Abreu. Para os usuários, o candidato e sua vice têm aderência a um discurso nacional-desenvolvimentista que poderia produzir um fechamento do mercado interno para investidores estrangeiros. Outras menções também falam negativamente sobre a proposta de Ciro de intervir na taxa de câmbio para a promoção da indústria nacional.
Em tom de piada, Geraldo Alckmin (PSDB) é citado nas discussões por usuários que falam que o dólar já teria ultrapassado o percentual de intenção de votos do tucano. No entanto, também há referências a Alckmin no debate devido à delação de Laurence Casagrande no caso da Dersa, que teria afetado negativamente o desempenho do Ibovespa e influenciado a alta do dólar.
Ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB) é o quinto presidenciável mais citado no debate sobre o câmbio por conta da repercussão de um tuíte de sua própria conta em que atribui a alta do dólar à incerteza política de se ter como cenário provável para o segundo turno dois candidatos de pontos extremos do espectro político.
O maior pico do período analisado ocorreu em 22 de agosto, com 11.005 menções. Naquele momento, os principais tuítes afirmavam que o aumento do valor da moeda teria ocorrido devido à divulgação no início do dia da pesquisa eleitoral pelo Datafolha, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta aumento nas intenções de voto, permanecendo na liderança nos cenários em que seu nome é incluído. Em tais publicações, o bom desempenho do candidato petista na pesquisa — nome mais associado ao tema, entre os 13 presidenciáveis — é relacionado à insegurança jurídica e instabilidade do mercado.

Por outro lado, foram verificados tuítes em apoio ao ex-presidente que afirmavam que o mercado teria reagido negativamente também em 2002, diante da possibilidade de eleição de Lula, fazendo com que o dólar alcançasse R$ 3,53 à época. Apesar de figurarem em campos opostos da disputa política, em ambas as narrativas observa-se que outras variáveis deixaram de ser incluídas (fatores relacionados à conjuntura econômica internacional), atribuindo o fenômeno de alta da moeda estadunidense apenas às eleições.
Em geral, os usuários também relembraram que os protestos pelo impeachment (2015/2016) colocavam a culpa da valorização da moeda no suposto mau governo da presidente Dilma Rousseff e que, agora, durante administração de Michel Temer, os antigos manifestantes não personalizariam mais a questão. Outros, como o jornalista Reinaldo Azevedo, afirmaram que a moeda tem aumentado em relação ao real devido à ação de especuladores do capital financeiro.
Jair Bolsonaro (PSL) é o segundo presidenciável mais citado no debate sobre o dólar e também em função da liderança de Lula nas pesquisas. Para os apoiadores do candidato do PSL, a variação cambial mostra como a presença de Lula nas pesquisas provoca uma insegurança jurídica que, entre outras coisas, levaria à alta do dólar.
O economista responsável pelo programa econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, possui também bastante presença no debate sobre o tema no Twitter, tendo corroborado com o discurso de que a alta do dólar é devida à incerteza política das pesquisas com Lula à frente.
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, aparece no debate por conta de sua aliança com Kátia Abreu. Para os usuários, o candidato e sua vice têm aderência a um discurso nacional-desenvolvimentista que poderia produzir um fechamento do mercado interno para investidores estrangeiros. Outras menções também falam negativamente sobre a proposta de Ciro de intervir na taxa de câmbio para a promoção da indústria nacional.
Em tom de piada, Geraldo Alckmin (PSDB) é citado nas discussões por usuários que falam que o dólar já teria ultrapassado o percentual de intenção de votos do tucano. No entanto, também há referências a Alckmin no debate devido à delação de Laurence Casagrande no caso da Dersa, que teria afetado negativamente o desempenho do Ibovespa e influenciado a alta do dólar.
Ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB) é o quinto presidenciável mais citado no debate sobre o câmbio por conta da repercussão de um tuíte de sua própria conta em que atribui a alta do dólar à incerteza política de se ter como cenário provável para o segundo turno dois candidatos de pontos extremos do espectro político.
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