Indígenas expõem artesanatos e apresentam danças e pinturas na CeArt até sexta-feira (19)
A programação conta com diversas oficinas, pintura corporal e venda de produtos artesanais produzidos pelos povos indígenas de diferentes etnias do Ceará.
A programação conta com diversas oficinas, pintura corporal e venda de produtos artesanais produzidos pelos povos indígenas de diferentes etnias do Ceará.
Tereza é da etnia Kanindé de Aratuba e mostra com entusiasmo os filtros dos sonhos que ela criou e os colares de semente, que adornam coloridos o espaço em que ela expõe seus trabalhos na Central de Artesanato do Ceará (Ceart). Tereza conta orgulhosa que foi sua neta, Roberta, quem ensinou tudo que ela sabe da produção artesanal.”Hoje minha neta está na CeArt expondo junto comigo e isso me dá muita alegria, porque foi ela quem me ensinou o passo a passo, todo o processo de criação dos meus artesanatos. Além de ser uma renda extra para a gente, estes trabalhos são uma forma de manter vivas a nossa cultura e tradição. Estamos muito satisfeitas de estar participando dessa programação e de divulgar nosso trabalho na CeArt”, pontua Tereza, que mora na aldeia dos Fernandes, que fica em Aratuba, na Região do Maciço de Baturité.
A Semana Indígena na CeArt até esta sexta-feira (19), sempre das 10 às 19 horas. A programação é realizada pela Secretaria da Proteção Social (SPS) para celebrar a existência e a cultura dos povos indígenas neste mês de abril, período em que a produção artesanal indígena terá espaço destacado na Central de Artesanato do Ceará (CeArt).
Ao lado de dona Tereza, Antônio Anacé toca animado sua maraca, produção dele próprio. ”Trouxe minhas maracas para expor na CeArt porque são muito importantes para mim. Sempre tive conexão com o som que elas produzem e gosto de usar materiais naturais como coco, cabo de osso e de madeira para fazer minhas maracas. Sou pedreiro, mas sempre que tenho um tempo livre, uso para produzir meu artesanato. Acredito que esse fazer mantém a nossa cultura viva e faz com que sejamos vistos, lembrados”, enfatiza Antônio Anacé.
Para a coordenadora de desenvolvimento do artesanato da SPS, Germana Mourão, o espaço é muito mais que uma loja, é uma política pública que atua no resgate do trabalho artesanal das comunidades tradicionais. Através do artesanato indígena, resgatamos e damos visibilidade a cultura e tradição indígenas no Ceará”, frisa a coordenadora.
O secretário-executivo da Proteção Social, Paulo Guedes, destacou que a SPS tem um diálogo constante com a Secretaria dos Povos Indígenas, no sentido de ser uma parceira na oferta de ações e políticas públicas para que os povos tradicionais sejam vistos e tenham sua cultura respeitada e lembrada.
A Semana Indígena na CeArt até esta sexta-feira (19), sempre das 10 às 19 horas. A programação é realizada pela Secretaria da Proteção Social (SPS) para celebrar a existência e a cultura dos povos indígenas neste mês de abril, período em que a produção artesanal indígena terá espaço destacado na Central de Artesanato do Ceará (CeArt).
Ao lado de dona Tereza, Antônio Anacé toca animado sua maraca, produção dele próprio. ”Trouxe minhas maracas para expor na CeArt porque são muito importantes para mim. Sempre tive conexão com o som que elas produzem e gosto de usar materiais naturais como coco, cabo de osso e de madeira para fazer minhas maracas. Sou pedreiro, mas sempre que tenho um tempo livre, uso para produzir meu artesanato. Acredito que esse fazer mantém a nossa cultura viva e faz com que sejamos vistos, lembrados”, enfatiza Antônio Anacé.
Para a coordenadora de desenvolvimento do artesanato da SPS, Germana Mourão, o espaço é muito mais que uma loja, é uma política pública que atua no resgate do trabalho artesanal das comunidades tradicionais. Através do artesanato indígena, resgatamos e damos visibilidade a cultura e tradição indígenas no Ceará”, frisa a coordenadora.
O secretário-executivo da Proteção Social, Paulo Guedes, destacou que a SPS tem um diálogo constante com a Secretaria dos Povos Indígenas, no sentido de ser uma parceira na oferta de ações e políticas públicas para que os povos tradicionais sejam vistos e tenham sua cultura respeitada e lembrada.
- Além da Semana Indígena na CeArt, estamos com ações nos territórios, com o projeto Acolher, e anunciamos 17 cursos de qualificação profissional que serão ofertados também nos territórios indígenas. Seguimos a diretriz do governador Elmano de Freitas de trabalhar de forma intersetorial, diversificando nossas ações para atender a todos e todas cearenses”, destacou o gestor.
Além da exposição e venda de artesanatos, o povo Anacé fez o ritual do toré e a dança do coco, na Praça Luiza Távora. ”Trazer nossa dança, nossa tradição para um espaço público como este é muito significativo porque mostra que o povo indígena não está somente na mata, e sim, em todos os lugares, ocupando a cidade, o centro e tudo que também nos pertence”, enfatiza Júnior Anacé, liderança do povo Anacé que conduziu o toré.
A fotógrafa Sheila Oliveira apresentou seu livro “Saberes e Fazeres - Um olhar para a educação Indígena e Quilombola no Ceará”, e ressaltou, que a cultura e a educação indígenas precisam ser valorizadas e vistas no Ceará.
Além da exposição e venda de artesanatos, o povo Anacé fez o ritual do toré e a dança do coco, na Praça Luiza Távora. ”Trazer nossa dança, nossa tradição para um espaço público como este é muito significativo porque mostra que o povo indígena não está somente na mata, e sim, em todos os lugares, ocupando a cidade, o centro e tudo que também nos pertence”, enfatiza Júnior Anacé, liderança do povo Anacé que conduziu o toré.
A fotógrafa Sheila Oliveira apresentou seu livro “Saberes e Fazeres - Um olhar para a educação Indígena e Quilombola no Ceará”, e ressaltou, que a cultura e a educação indígenas precisam ser valorizadas e vistas no Ceará.
- É motivo de muito orgulho pra mim trazer este trabalho, que fala sobre a educação indígena, para o grande público. A ideia do livro, que casa imagens e textos, é que as pessoas vejam o quanto as escolas indígenas são organizadas e têm uma articulação forte em seus territórios. Eles têm uma riqueza imensa, têm muito a nos ensinar”, reflete Sheila Oliveira. O livro é narrado com textos e fotos a partir do ponto de vista dos líderes das comunidades indígenas e quilombolas.
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