Vítor Marques - Agência Estado
SÃO PAULO - Os cinco torcedores do Corinthians que ainda estavam presos em Oruro, na Bolívia, foram liberados nesta quarta-feira pela justiça local. Eles estavam detidos desde o dia 20 de fevereiro por causa da morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos. Em junho, os outros sete torcedores (eram 12 no total) já haviam sido liberados.
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, confirmou a informação que os torcedores seriam soltos nesta quartas. "Hoje não tem jogo do Coringão... mas temos a vitória dos nossos irmãos que conquistaram sua Liberdade e estarão de volta", informou o Twitter oficial da organizada corintiana. "A justiça de Deus tarda, mas não falha!!! #LIBERDADE."
Os cinco corintianos que foram liberados são: Cleuter Barreto Barros, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Reginaldo Coelho. "Eles foram soltos e já estão no asfalto lá na Bolívia. Agora, eles retornam ao País o mais rápido possível. A previsão é que sexta-feira eles chegam em São Paulo", disse o advogado da Gaviões da Fiel, Davi Gebara. O advogado está convicto de que a soltura do grupo se deve por falta de provas. "Chegou-se a conclusão da não autoria e da não materialidade (do crime)."
A justiça boliviana havia emitido um relatório indicando que os torcedores seriam liberados nesta quarta-feira. No começo deste mês, o Corinthians havia chegado a um acordo com a família do garoto Kevin, que morreu após ser atingido por um sinalizador dentro do estádio em Oruro, na partida entre San Jose e Corinthians pela Libertadores. O Corinthians fez uma doação de US$ 50 mil (cerca de R$ 112 mil).
Por causa do episódio, o Corinthians foi punido e teve de atuar sem a presença de sua torcida na partida contra o Millonarios, ainda pela primeira fase da Libertadores. Após recurso apresentado pelo time paulista, a punição foi alterada e a presença de corintianos passou a ser proibida apenas em partidas como visitante por 18 meses. O clube voltou a entrar com recurso contra esta nova decisão, mas este ainda não foi julgado.
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