Uma mãe e nove filhas ligadas pelo sangue e pelas histórias em uma pequena cidade do interior cearense. Este é o enredo base do romance-reportagem “O Leito das Águas”, obra de estreia da jornalista Rafaela Leite, que chega a sua segunda edição em março.
Em um texto que mistura fatos e poesia, a jornalista conta a trajetória de sua avó, Rosalba, e de suas nove tias, bem como de Paraipaba, município cearense em que nasceram e cresceram.
Tendo como mote o percurso da grande matriarca, envolto pelo nascimento e desenvolvimento da cidade, as narrativas se entrelaçam em diferentes tempos para abordar temas como maternidade, violência doméstica, aborto e a gênese de um lugar.
- É uma história do privado, que não se encerra nos limites das casas, mas transpõe paredes e se reflete na esfera pública, nas tradições do povo, nas repetições entre gerações e, nesse caso, especificamente, na história das mulheres do interior cearense”, conta a autora.
A obra conta com prefácio de Ana Miranda e posfácio de Goreth Albuquerque. “Aqui lemos histórias de pequenas grandes vidas que iluminam o passado da mulher cearense, nordestina, e no fundamental, de todas as mulheres”, escreve a autora de Boca do Inferno e vencedora do Prêmio Jabuti. “Devemos agradecer a Rafaela Leite este livro, O leito das águas, que ficará no acervo das mais sensíveis e bem escritas memórias do Ceará”, finaliza. O livro reúne, também, contribuições de jornalistas e pesquisadoras nas áreas de Análise do Discurso Narrativo das Histórias de Vida, como da professora titular do Departamento de Letras Vernáculas da UFC, Sandra Maia Vasconcelos
- Sempre pensei em falar sobre mulheres cearenses e especificamente sobre o matriarcado no Ceará, mas costumava encontrar apenas pesquisas sobre as grandes matriarcas do século XIX, como Dona Bárbara de Alencar e Fideralina de Lavras, que governaram terras e influíram em episódios políticos durante aquele período. Minha pesquisa é uma espécie de atualização e se volta para outra esfera. São histórias que acontecem desde sempre, no privado e consequentemente não são vistas, não entram para a grande historiografia. Mas isso não quer dizer que elas não estejam acontecendo, que tragam similaridades, confrontos e impactos", relata a autora.
Sobre o trabalho - A obra é resultado da pesquisa do Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), concluído em outubro de 2020, e foi selecionada no Edital de Aquisição de Acervo Bibliográfico de Produção Cearense para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará.
Durante o processo de apuração, a jornalista se debruçou sobre o tema costurando memórias, pesquisas e documentos.
Tendo como mote o percurso da grande matriarca, envolto pelo nascimento e desenvolvimento da cidade, as narrativas se entrelaçam em diferentes tempos para abordar temas como maternidade, violência doméstica, aborto e a gênese de um lugar.
- É uma história do privado, que não se encerra nos limites das casas, mas transpõe paredes e se reflete na esfera pública, nas tradições do povo, nas repetições entre gerações e, nesse caso, especificamente, na história das mulheres do interior cearense”, conta a autora.
A obra conta com prefácio de Ana Miranda e posfácio de Goreth Albuquerque. “Aqui lemos histórias de pequenas grandes vidas que iluminam o passado da mulher cearense, nordestina, e no fundamental, de todas as mulheres”, escreve a autora de Boca do Inferno e vencedora do Prêmio Jabuti. “Devemos agradecer a Rafaela Leite este livro, O leito das águas, que ficará no acervo das mais sensíveis e bem escritas memórias do Ceará”, finaliza. O livro reúne, também, contribuições de jornalistas e pesquisadoras nas áreas de Análise do Discurso Narrativo das Histórias de Vida, como da professora titular do Departamento de Letras Vernáculas da UFC, Sandra Maia Vasconcelos
- Sempre pensei em falar sobre mulheres cearenses e especificamente sobre o matriarcado no Ceará, mas costumava encontrar apenas pesquisas sobre as grandes matriarcas do século XIX, como Dona Bárbara de Alencar e Fideralina de Lavras, que governaram terras e influíram em episódios políticos durante aquele período. Minha pesquisa é uma espécie de atualização e se volta para outra esfera. São histórias que acontecem desde sempre, no privado e consequentemente não são vistas, não entram para a grande historiografia. Mas isso não quer dizer que elas não estejam acontecendo, que tragam similaridades, confrontos e impactos", relata a autora.
Sobre o trabalho - A obra é resultado da pesquisa do Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), concluído em outubro de 2020, e foi selecionada no Edital de Aquisição de Acervo Bibliográfico de Produção Cearense para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará.
Durante o processo de apuração, a jornalista se debruçou sobre o tema costurando memórias, pesquisas e documentos.
- A história da minha avó é muito marcante, não só para mim, mas para muitas pessoas da cidade em que eu cresci”. E destaca a importância de narrar o cotidiano e de apresentar personagens próximos. “Ao longo da pesquisa, notei como essas histórias são fortes, necessárias e que, apesar de recentes, vêm se perdendo. Não só das pessoas, mas do próprio município”, finaliza.
O livro foi publicado de forma independente no final de 2020 e está indo para sua segunda edição. “Ele passou por um processo de reformulação textual e gráfica, para trabalhar imagens e atualizar ilustrações”, revela. A obra está disponível, junto de produtos personalizados, através do link https://www.catarse.me/oleitodasaguas, com desconto promocional nas primeiras 48 horas.
Sobre a autora - Rafaela Leite, de 24 anos, é jornalista e fotógrafa cearense. Em 2019 recebeu o Prêmio Gandhi de Comunicação, na categoria Reportagem de Mídia Impressa pela Agência da Boa Notícia (ABN). No ano seguinte, teve seu primeiro livro selecionado no Edital de Aquisição de Acervo Bibliográfico de Produção Cearense para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará.
O livro foi publicado de forma independente no final de 2020 e está indo para sua segunda edição. “Ele passou por um processo de reformulação textual e gráfica, para trabalhar imagens e atualizar ilustrações”, revela. A obra está disponível, junto de produtos personalizados, através do link https://www.catarse.me/oleitodasaguas, com desconto promocional nas primeiras 48 horas.
Sobre a autora - Rafaela Leite, de 24 anos, é jornalista e fotógrafa cearense. Em 2019 recebeu o Prêmio Gandhi de Comunicação, na categoria Reportagem de Mídia Impressa pela Agência da Boa Notícia (ABN). No ano seguinte, teve seu primeiro livro selecionado no Edital de Aquisição de Acervo Bibliográfico de Produção Cearense para o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará.
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