Desde seu lançamento o projeto já beneficiou mais de 5 mil jovens das periferias de Fortaleza e Sobral O Governo do Ceará promoveu na tarde desta quinta-feira (22), o lançamento do livro-reportagem "Aqui contém sonhos: narrativas em torno do projeto Virando o Jogo". A governadora Izolda Cela esteve presente no evento, junto a secretária de Estado da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Onélia Santana e a assessora especial da vice-governadoria, Carla da Escóssia. |
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"Esse momento, esse produto, esse registro, a avaliação [dos resultados desse projeto] nos encoraja e anima para expandir essa ação. Esse é um compromisso já firmado com o programa e que certamente terá uma continuidade. Claro que precisa ser aperfeiçoada, corrigida naquilo que não funcionou bem, mas se tem evidências do que está movimentando essas transformações importantes, de oportunidade e de visão de mundo, então a gente expande com segurança e comemora", enfatizou a governadora Izolda Cela.
Tendo chegado a 5.180 jovens matriculados em todas as edições, o projeto atua na capital cearense e também em Sobral, primeiro dos oito municípios cearenses que o Virando o Jogo ainda deve chegar, a partir de sua inserção como política pública voltada às juventudes no Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência no Estado do Ceará (PreVio). O programa faz uma ampla parceria entre a SPS, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), além da Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa (Funcap) e Senac, instituição diretamente responsável pela execução das atividades de qualificação profissional.
"Agora é um momento de comemoração mesmo, de um programa que teve sucesso, de jovens que foram acolhidos pela Estado, que foram se estruturando, estruturando seus pensamentos, seus sonhos, e hoje estão no mercado de trabalho dando sua contribuição ao Ceará. Esse é um momento histórico, onde o Estado soube estar mais próximo da juventude", pontuou Onélia Santana, secretária da SPS. |
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O Virando o Jogo faz parte do Programa Superação (Lei 17.086), marco de uma nova geração de políticas públicas para as juventudes, onde a Assessoria Especial da Vice-Governadoria do Estado do Ceará convocou, entre diversos órgãos e secretarias governamentais parceiras, sensibilidades e inteligências para que, de modo transversal, fosse possível construir um projeto especialmente voltado a adolescentes e jovens que não estudavam e nem trabalhavam.
Virando o Jogo |
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"Estava tudo fora do lugar na minha vida, eu havia perdido a minha mãe que era alcoólatra. Meu pai morreu quando eu ainda era criança. Tenho dois irmãos e uma irmã mais nova. Até eu ser selecionada para o Virando o Jogo, eu trabalhava aqui e acolá nas casas da vizinhança, e tive que deixar de estudar para cuidar da minha mãe. Nessa época eu só pensava em morrer e em coisas negativas. Quando veio o projeto, eu me senti abraçada", foi com esse trecho de uma das histórias contadas no livro, a história de Dalvina, do bairro Cristo Redentor, que a assessora especial da vice-governadoria, Carla da Escóssia, abriu a sua fala sobre o projeto. |
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"Esse momento é o coroamento desse projeto, que trabalha com jovens de 15 a 22 anos, jovens que não estudam e não trabalham. Jovens que tinham se evadido da escola e também jovens que haviam terminado o ensino médio, mas que estavam naquela faixa dos chamados nem-nem", destacou a assessora especial. Com 62 instituições parceiras, o projeto Virando o Jogo tem o objetivo de mudar a realidade desses jovens através da educação e da promoção de oportunidades de capacitação profissional.
"A gente delimitou algumas áreas da cidade, onde havia um maior número desses jovens, fizemos um trabalho de reinserção escolar com eles. Muitos desses jovens são egressos do sistema socioeducativo, então encontramos uma realidade muito mais complexa do que imaginamos. A gente fez um trabalho com esse público. Primeiro, para que eles pudessem retornar a escola, depois que pudessem pensar em um projeto de vida para eles", explicou Carla da Escóssia. O projeto Virando o Jogo oferta cursos como fotografia, barbearia, eletricista, vendas e outros
Superação-Um dos jovens tocados pelo Virando o Jogo foi Wely Cardi. participante da segunda edição, ela hoje é musicista e se apresentou no evento. "Esse projeto representou, pra mim, superação. Ele abriu muitas oportunidades para mim, tanto na fotografia, que foi o curso de fotografia, quanto no ramo artístico", destacou a jovem. "Quero dizer que sou um exemplo de superação, eu virei o meu jogo. Foi aqui que me senti mais confiante para seguir meus sonhos e desenvolvê-los", completou. |
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Quem também teve a vida mudada pelo Virando o Jogo foi Glória Emily, também participante da segunda edição, hoje trabalhando no ramo administrativo de um hotel, há dois anos atrás se encontrava sem esperanças de um futuro melhor. "Eu entrei no curso com medo, triste, com raiva, passando por um momento difícil, e graças uma amiga minha eu consegui entrar no curso", contou a jovem. "Dentro do curso eu cresci muito, eu cheguei pequena e saí grande. Cheguei sem perspectiva de nada, e lá conheci pessoas que me ajudaram, desde a parte psicológica até a profissional", finalizou.
Observando o resultado do programa que chegou a liderar de perto, quando ainda vice-governadora, e tocada pela história dos jovens, a professora Izolda Cela destacou a felicidade de vivenciar esse momento. "A torcida é para que os jovens virem o jogo, a favor deles. Esse programa é para esses jovens que precisam de uma boa oportunidade. É um programa que reúne formação cidadã, formação profissional, arte e esporte. Então tentaremos ganhar esses jovens [nem-nem], para que eles completem sua educação básica e para que possam alcançar voos maiores", finalizou a governadora. |
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